Primeiras mulheres estudantes

 

O ingresso das mulheres nas salas de aula da Universidade de Córdoba aconteceu durante as últimas décadas do século XIX. A Universidade, durante 250 anos, contava apenas com alunos homens que pertenciam às classes sociais mais altas.

Assim que foi nacionalizada (1854), a Universidade não excluiu de suas salas de aula as mulheres, por meio de suas regulamentações: a exclusão era declarada pela conjunção de discursos e práticas sociais. Assim sendo, as primeiras mulheres que se inscreveram para fazer cursos tiveram que enfrentar uma série de polêmicas.
Em Córdoba, a primeira mulher a se formar na Universidade foi Ángela Sertini de Camponovo. Ela obteve o título de parteira na Faculdade de Medicina, em 1884.

As primeiras mulheres graduadas pertenciam a áreas relacionadas com o mundo da medicina: parteiras, enfermeiras e, duas décadas mais tarde, farmacêuticas e doutoras em medicina e cirurgia. A década de 20 trouxe consigo as primeiras graduadas da Faculdade de Direito: a primeira notária, Mercedes Orgaz e a primeira advogada, Elisa Ferreyra Videla.

Durante os anos 30, as mulheres começam a formar em profissões como a arquitetura e a engenharia civil. Também aparecem as primeiras peritos tradutoras e professoras de francês, inglês, alemão e italiano. Os anos 40 deram lugar à formação das primeiras doutoras e licenciadas em Filosofia; assim como de contadoras públicas, geólogas e doutoras em ciências naturais, em tempos nos quais as mulheres adquiriram os direitos políticos.


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